segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PRIORIDADES... de Lisélia de Abreu Marques


Se as pessoas gastassem com o aprendizado espiritual o mesmo tempo que gastam, diariamente, para se arrumarem para o trabalho, seríamos todos iluminados.

O PÃO NOSSO ESPIRITUAL DE CADA DIA de Lisélia de Abreu Marques

Quando o alimento espiritual é consumido, as demais fomes, inclusive as materiais, começam a ser saciadas.

sábado, 27 de outubro de 2012

PRESÍDIOS E ESCOLAS de Lisélia de Abreu Marques


Eu "pensei" que presídio fosse um lugar onde os criminosos pudessem estar afastados do convívio social enquanto se reeducassem, ressocializassem, tivessem oportunidades de educação, pudessem receber apoio psicológico para, ao final da pena, regressarem ao convívio social redimidos e preparados para uma vida honesta e digna... Depósito de gente, faculdade do crime, calabouço, humilhações não consertam ninguém. Acho que as penas nao deveriam ser dadas em anos, e sim, em tarefas. O preso receberia uma lista de tarefas e ao final bem sucedido dela passaria por uma avaliação e estando apto poderia voltar a convivencia social. Estas tarefas seriam educativas, sociabilizantes e poderiam durar anos. Aliás, as escolas poderiam ser assim também: listas de tarefas - as crianças teriam as optativas e as obrigatórias, iriam fazendo a seu tempo, buscando informação e apoio nos professores e na familia. Todos estariam envolvidos no processo. As crianças mais interessadas fariam mais rápido e melhor e se destacariam nas áreas em que tivessem aptidão. Assim, chegando a adolescência já teria uma idéia da atividade profissional a que se dedicar. De acordo com a maturidade e aptidão as pessoas iriam se encaixando na sociedade, através das atividades que lhes dessem prazer e entusiasmo. Acho que tanto presídios quanto escolas precisam mudar. Mas antes de tudo, a mudança vem de dentro, vem de trocar a crueldade pela solidariedade.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

UNIFICAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO (ADÃO E EVA 2) de Anderson Gomes de Oliveira

O mito da criação de Adão e Eva e sua relação com a cosmogonia da criação do próprio universo tem oculto em si, ao mesmo tempo, um sentido geral (criação e expansão do universo físico) e um sentido particular (criação e desenvolvimento do homem).
O que é uma pessoa?
Uma pessoa é uma parte do Grande Universo que, no processo de expansão e evolução do mesmo, começa a tomar consciência de si mesma.
Partindo dessa premissa, o mito do pecado original, num sentido cosmogônico, pode ser entendido como uma tentativa de explicação para esse processo.
Vejamos:
O processo de tornar-se consciente implica em desenvolver a razão e, por consequência, no nascimento e crescimento do ego.
O grande universo e tudo que contem, num nível mais profundo é completamente indiferenciado: matéria é energia (e vice-versa), ondas são partículas (e vice-versa), a presença de matéria e/ou energia curva e molda o espaço e o tempo. O espaço, por vazio que possa parecer, é, em cada ponto, fervilhante de atividade de criação e destruição contínuas de matéria e energia.
O universo é, de certo modo, similar a um grande oceano e as ondas são a matéria, a energia, o espaço, o tempo e, principalmente, os eventos e as interações.
Não há diferenciação entre o universo e as ondas, do mesmo modo que não há diferenciação entre as ondas e o oceano, pois, afinal, tudo é água.
É curioso, mas não inesperado, que o Gênesis comece com uma referência ao grande oceano indiferenciado:
“(...) e o Espírito de Deus pairava sobre as águas (...)”.
Mas, quando surge o homem, aquele pedaço do universo que corresponde à matéria que forma seu corpo e espírito, passa, progressivamente, a ter consciência de si mesmo.
Aquele pedacinho do espaço-tempo, semeado ou fecundado por uma partícula ou centelha divina (ou alternativamente, preenchido pelo “sopro de Deus”) germina para tornar-se um ser dotado de consciência.
Nesse sentido, o homem é barro, matéria-energia ou espaço-tempo moldado/forjado por Deus e animado/ativado pelo “Sopro de Deus”, essa Semente/Centelha Divina que cada um carrega dentro de si.
Com a consciência, vem a razão e, com ela, o sentimento de ser diferenciado do resto. A sensação de ser separado cresce à medida que a consciência de si aumenta. Com a razão vêm a divisão e o julgamento.
Isso é a individuação, é tornar-se um indivíduo.
Ora, o ego, que cresce dentro do homem, é a serpente ou, como a imagem também pode ser interpretada, é um parasita ou verme que cresce e tem o formato de serpente.
É a serpente que vai se interessar pela árvore do conhecimento do bem e do mal. Pois o ego identifica conhecimento com poder. A tentação de comer seu fruto e, daí em diante, conhecer e poder dominar/controlar/colocar ordem no mundo nos seus próprios termos, é o desejo do ego.
A serpente não está fora do homem e da mulher. É parte deles e é, ao mesmo tempo, “o outro”, “o inimigo”.
Um desejo que não se satisfaz ao provar o fruto, pois é como tomar água ligeiramente salgada: a sede aumenta. Ao conhecer (apropriar-se da razão), o indivíduo passa a querer ter e possuir, a querer competir com seus iguais (que não considera mais iguais, pois diferenciou-se e agora considera-se um indivíduo separado) e a querer manipular a natureza, o ambiente e os outros baseado na sua própria agenda.
Em suma, ao comer a fruta, é uma embriaguez. Um êxtase que traz o conhecimento da individualidade e anestesia o conhecimento do todo e das interconexões.
Essa embriaguez faz com que o homem perca a consciência do seu “eu divino”. Anuvia-se-lhe a visão e essa “trave diante dos olhos” é como a catarata, que, progressivamente, faz com que ele não enxergue mais a centelha divina dentro de si, que é a sua ligação com os outros homens e com o Grande Universo.
O egoísmo que advém da consciência da individualidade é o pecado original e que faz com que o homem (Adão e Eva no sentido particular) seja expulso (exclua a si mesmo, p0r sua própria “culpa”) do paraíso.
O paraíso fica cada vez mais distante e passa a ser apenas uma lembrança distante ou utopia, que ele perseguirá por muitas vidas.
A Expressão “ganharás o pão com o suor de seu rosto” tem o sentido literal do esforço e da luta para se manter vivo fisicamente, mas tem, também, o sentido espiritual de lutar (consigo mesmo) para retornar à bem-aventurança, um sentido expresso na declaração de Jesus “Eu sou o pão da vida”.
Retornar à fonte ou ao paraíso significa recuperar-se da embriaguez da fruta e voltar a ver o mundo e a si mesmo como parte de um mesmo todo. Reconhecer dentro de si a centelha divina que é, ao mesmo tempo, uma fagulha ou partícula da divindade e o próprio Deus dentro de si.
Não é por acaso que o Buda identificou a raiz do sofrimento com o desejo e o apego. Não o desejo no sentido de atração física/sexual entre Adão e Eva, mas sim no sentido de querer ter e possuir ao invés de querer ser. O “ter” por oposição ao “ser”.
Redescobrir a união essencial de si mesmo com o todo é reconhecer essa indiferenciação  com os outros (que também possuem a partícula divina dentro de si e, portanto, são parte do mesmo Deus) e entre si mesmo e o Grande Universo, que é uma extensão (ou uma das dimensões) do seu Criador.
Voltar ao paraíso é perceber e sentir-se não como uma onda vagando no oceano, mas enxergar e sentir sua verdadeira natureza que consiste em ser água, assim como próprio oceano é água também. Voltar a esse estado (ou ao Paraíso) é, de certa forma, o objetivo da verdadeira religião: Religar. Reconectar aquilo que está (aparentemente) separado.
Retornar ao paraíso é, ao mesmo tempo, voltar a enxergar a centelha divina dentro de si e novamente ouvir a música resultante da ressonância dela com as outras centelhas divinas. Reconhecer Deus dentro de si e entrar em sintonia com Deus dentro dos outros, com o Grande Universo e com o Criador.
Pois, afinal, como também disse Jesus: “O reino dos céus, está dentro de vós”.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

SEU OLHAR de Lisélia de Abreu Marques

Lembro nitidamente, foi agora a pouco, no meio da tarde... seu olhar me viu "diferente"
Eu vi o momento exato em que vc, de passagem,  me via e sorria
Seus olhos não olhavam sozinhos, brilhavam
e me senti  tocada e acarinhada pelo brilho deles,
foi apenas um momento, um breve instante,
suficiente para o prazer se imprimir na memória
e foi bom,
a mulher em mim se alegrou vendo o homem em você
nunca tinha sido beijada, assim, por um olhar, por um beijo feito de ar...

domingo, 21 de outubro de 2012

MEDO DE SER FELIZ de Lisélia de Abreu Marques


Se a felicidade não ocorre em nossas vidas como gostaríamos que ocorresse, talvez, seja porque a tememos e com isto a mantemos distante de nós.

Conhecer nossas crenças, nos ajuda a perceber a nossa responsabilidade e autoria nos eventos de nossa vida, e tomando posse do nosso poder criativo saimos da condição de vítimas e assuminos a nossa condição de co-criadores da realidade, passando, assim, a exercer de maneira consciente o nosso poder.

Todos já ouvimos o dito popular que diz que "quanto mais alto, maior o tombo". Há, também, outra crença bastante divulgada que afirma que, após uma grande felicidade vem uma infelicidade de mesma proporção. Estas crenças nos fazem temer a felicidade, e por medo, optamos por  uma vida morna, sem sermos muito felizes nem muito infelizes.Optamos pela falsa sensação de "segurança". 

Por escolhermos sem muita fé na felicidade, baseados nestas falsas verdades e nos nossos medos, acabamos colhendo apenas breves momentos de alegria, enquanto que felicidade é um sentimento de prazer, de alegria plena e completa. Uma presença inteira, total, um encontro entre corpo, sentimento, emoção e mente. 

Por temermos a felicidade, acabamos por vivenciá-la, apenas, em alguns momentos da vida. Por ser vivida em breves momentos, acreditamos que é efêmera, passageira,  quase utópica e acabamos por direcionar nossa energia em algo mais permanente. 

As pessoas, de modo geral, apesar de dizerem que querem ser felizes e que a felicidade é muito importante, não acreditam numa felicidade duradoura e, por isto mesmo não apostam nela, o que cria um ciclo vicioso, mantendo as coisas como estão.

Outros valores, como a responsabilidade, o compromisso e a conveniência nos parecem mais permanentes, mais reais e, muitas vezes, acabam se sobrepondo no momento de fazermos uma escolha. 

Para a maioria de nós, felicidade não é prioridade, felicidade é luxo. Vem como um bônus extra que, quando temos sorte, a vida nos brinda. 

Semiconscientes, não percebemos que nossas crenças atraem ou repelem os acontecimentos, não percebemos que somos nós os agentes criadores da nossa própria sorte, do nosso destino e acabamos nos sentindo vítimas ou reféns de uma vida que parece acontecer independente de nós, quando na verdade, nós somos a nossa própria vida, os autores da nossa própria história.

Depois de já termos assumido nosso poder co-criativo, nossa responsabilidade,  será  fácil perceber que os acontecimentos da vida não são aleatórios, coisas do destino ou sorte, e sim conseqüências diretas das nossas crenças e atitudes. E se a felicidade vier será por mérito, assim como a infelicidade. Ao acreditarmos que é seguro, saudável  e desejável ser feliz plantaremos uma sementinha que poderá germinar e nos brindar com muitas alegrias e satisfações.



LUZ SOBRE A ESCURIDÃO de Lisélia de Abreu Marques

A LUZ FAZ VISÍVEL, O QUE ERA INVISÍVEL,
 FAZ CONSCIENTE O QUE ESTAVA INCONSCIENTE, 
FAZ PERDÃO O QUE ERA ÓDIO, 
POIS O CONHECIMENTO 
ILUMINA TUDO E AUMENTA A VISÃO.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CORPOS de Lisélia de Abreu Marques

Corpos são roupas que vestimos de acordo com a necessidade. Da mesma forma que usamos trajes de mergulho para pesquisa submarina ou macacões espaciais para passeios no espaço sideral, da mesma forma nossa alma veste corpos para cada dimensao da matéria. Quando morremos aqui na Terra, nossos corpos são enterrados e nossa alma segue vestindo um corpo astral. Para cada densidade da matéria um corpo numa densidade diferente, até nos desnudarmos de todos os corpos, assumindo nossa real aparência: luz.

domingo, 7 de outubro de 2012

HOMENS E MULHERES, AMOR E SEXO de Lisélia de Abreu Marques




Difícil falar sobre as diferenças entre homens e mulheres sem ter a experiência de ser homem.
A imagem que tenho do aspecto masculino da minha personalidade é que o meu lado masculino é competente, mas não tem a riqueza, a vastidão das possibilidades do meu mundo feminino.
Sonhar parece ser coisa mais de mulher do que de homem, fantasiar, criar histórias de amor, então, muito mais coisa de mulher. Nós, mulheres buscamos transcendência nas relações, significado na vida e projetamos isto nos relacionamentos com os homens.
Tadinhos dos homens. Muita responsabilidade ancorar o nosso mundo interior, dar suporte às nossas incursões ao mundo dos sentimentos.
Talvez os poetas entendam melhor as mulheres ou talvez sejam eles que sofram mais por não entender.
Talvez a diferença entre a maneira como os homens e as mulheres percebam os relacionamentos  esteja no valor que atribuímos aos relacionamentos e a associação que  nós, mulheres, fazemos dos relacionamentos com a felicidade.
A mulher, busca uma completude no homem, um equilíbrio de cargas positivas e negativas, um ponto neutro, de equilíbrio.
Talvez sintamos mais falta do que os homens deste ponto de equilíbrio.
Muitas vezes nós, mulheres, não encontramos homens dispostos a dar este suporte emocional.
De modo geral, homens, mais do que mulheres temem o mundo dos sentimentos. Temem a dependência (palavra horrível) que este sentimento pode causar. Dependemos um do outro para sermos um par, uma relação. Sem o outro não existe dois e quando o outro decide partir, quem fica, sofre. Sofrimento é algo muito associado ao mundo dos relacionamentos amorosos. Não sentimos medo de amar propriamente dito, sentimos medo de não sermos amados em retorno, de sermos rejeitados, abandonados, trocados. Com certeza sexo ajuda muito quando a gente está carente.
Ouvi, muitas vezes, que  para os homens, sexo é sexo, amor é amor. E que as mulheres confundem as duas coisas. Parece que, realmente, sexo e sentimentos andam mais próximos nas mulheres.
O sexo aproxima, junta, liga, coloca perto, e no caso das mulheres, coloca dentro de nós, um homem. Um homem que elegemos para estar conosco naquele momento, ao nosso lado, em cima, embaixo, dentro de nós, e psicologicamente, isto faz a diferença. Entrar e sair do corpo de uma mulher numa relação e por fim gozar, deixando dentro dela uma herança, é bem diferente de deixar-se penetrar muitas vezes e de muitas maneiras e acolher dentro da gente o gozo do homem. Fisiologicamente acolhemos o homem e emocionalmente, também. Com o gozo do homem geramos um novo ser, este novo ser pode ser um bebê ou um sentimento. Os homens depositam seu prazer e se vão. Nós ficamos encarregadas de fazer este gozo dar frutos, crescer, prosperar. Somos as cultivadoras da herança do homem. Cultivamos suas sementes. E  como gerar sem amor? Como cuidar sem se importar? Amar faz parte da nossa natureza. Amamos quem não quer ser amado, amamos quem não nos quer amar... Amamos errado, amamos torto, mas amamos...