domingo, 18 de abril de 2010

FERIDAS EMOCIONAIS de Lisélia de Abreu Marques

O que acontece quando se está machucado e alguém ou algo toca bem em cima do machucado?
Geralmente sentimos dor e, em seguida, raiva e afastamos de nós, o mais rápido possível, às vezes, até de forma exagerada e estabanada, o que ou quem tocou a nossa ferida. Nesta reação de defesa , por vezes quebramos algo  ou até machucamos alguém.

Esta mesma reação de defesa acontece, quando alguém ou situação, ativa uma dor emocional ao tocar uma ferida de rejeição ou inferioridade, por exemplo.

Se alguém faz alguma coisa, mesmo sem querer, que nos faça sentir ameaçados, imediatamente acionamos todo o nosso arcenal de defesa e ataque.

Você já reparou que quando estamos com um dedo do pé machucado parece que todo mundo tropeça, exatamente, naquele dedo? E quando pegamos muito sol e estamos ardidos, queimados, aí mesmo é que parece que todo mundo resolve nos abraçar e dar tapinhas nas nossas costas? A impressão é que estamos atraindo estes eventos mais do que nunca. Será isto verdade ou ilusão? Será que estão nos abraçando mais ou tropeçamos mais vezes ou será que por estarmos  feridos e mais sensíveis, qualquer toquezinho machuca, dói? Será que perceberíamos a quantidade de abraços se não estivessemos queimados pelo sol? Provavelmente os abraços são os mesmos, os tropeços são os mesmos. O que mudou foi a nossa condição. Estamos feridos e, portanto, mais sensíveis, mais vulneráveis aos toques e solavancos. Os mesmos abraços em condições normais seriam até prazerosos e desejáveis. Percebemos, então,  que a nossa condição de saúde faz total diferença na maneira como percebemos as relações do mundo exterior com a gente.

É necessário estar atento para distinguir se realmente o outro está nos ferindo ou nós já estávamos feridos quando ele nos tocou. Quando nós não estamos conscientes da nossa situação , quando estamos cegos, inconscientes, para as nossas feridas, os nossos machucados, acabamos por culpar e acusar o outro dizendo que ele nos feriu, e , às vezes, o ferimento é muito velho, está lá aberto há um tempão e a gente não dá atenção a ele porque a dor só aumenta quando alguém se aproxima de nós e toca nele.

De modo geral, quando temos um ferimento que não queremos que doa, nós nos afastamos de tudo e de todos que possam tocá-lo. O triste é quando isto acontece na nossa vida emocional. Quando nos isolamos e não deixamos ninguém chegar perto, ninguém nos tocar, acreditando que assim não sentiremos a dor e ficaremos bem, sozinhos.

Quando somos adultos, com certeza, carregamos ferimentos abertos ao longo da vida. Estes ferimentos, alguns já se curaram e sumiram, outros deixaram cicatrizes, mas não doem mais e outros, ainda, estão abertos, esperando por cura. São justamente estes últimos, os que doem quando tocados. Enquanto a queimadura de sol na nossa pele não se curar, qualquer abraço gostoso vira sofrimento. E vamos evitar os abraços gostosos até nossa pele se recuperar. Assim, é, também com as feridas emocionais. Enquanto estiverem abertas, evitaremos a proximidade, o aconchego, a troca com os outros. É preciso curar nossas feridas para aproveitar o toque, a troca, os relacionamentos. Quando estamos inconscientes das nossas "feridas de infância" é comum atribuirmos aos outros a responsabilidade pela nossa dor. Dizemos: "- Fulano me magoou.", "- Cicrano me fez sofrer." E não questionamos  se foi isto mesmo ou se simplesmente Fulano e Cicrano tocaram uma ferida aberta e como costuma acontecer com ferimentos expostos, doeu.  Será que este mesmo toque de Fulano ou Cicrano nos teria ferido se estivessemos saudáveis?

Tomando consciência  de que o nosso sentimento de inferioridade, o nosso medo de rejeição, a nossa mania de perseguição, o nosso sentimento de vitimização  já estavam lá antes que Fulano e Cicrano aparecessem, damos um grande passo para melhorar nossos relacionamentos: Assumimos a nossa responsabilidade pelo nosso bem estar. Nos damos conta de que temos pontos que precisam ser curados. Para isto precisamos olhar para eles, conhecê-los. Tudo começa com o autoconhecimento. Autoconhecimento e autoresponsabilidade nos tiram da situação de vítimas indefesas do mundo. E, é, exatamente por isto, que, por incrível que pareça, muitas pessoas não querem olhar para dentro, não querem descobrir que são responsáveis por si mesmas, preferem continuar culpando os outros e cobrando deles a solução para os seus problemas, preferem a dependência à independência responsável.

É extremamente comum atribuirmos  CULPA aos outros pelas nossas dores. Como é cômodo. Toda culpa requer castigo ou perdão para  aplacá-la. Se perdoamos, nos consideramos magnânimos; se castigamos, nos sentimos "poderosos" e extravasamos, muitas vezes, nosso ódio através da crueldade, nos tornando mais insensíveis à dor dos outros e à nossa própria dor. A crueldade é um tipo de analgésico. E, sem sentir, culpando, condenando e executando a pena sobre os outros, repetidas vezes, ao longo da vida, ficamos cada dia mais anestesiados para as nossas dores e menos sensíveis, deixamos de sentir que elas existem, até que, de novo, alguém venha e as toque.

Observando por este ponto de vista, percebemos que o toque do outro ao despertar a nossa dor é um auxílio, uma ajuda que recebemos do mundo quando não estamos cientes de nossas feridas e, portanto, incapazes de ajudar a nós mesmos nesta questão. A dor que sentimos é um alerta, uma chamada, uma chance para o despertar. Infelizmente, quase sempre, além de desperdiçarmos a nova chance, ainda maltratamos aquele que seria o emissário do alerta, aquele que, mesmo sem saber nos ajudaria a olhar para as partes em nós que precisam de cuidado, de atenção, de cura. E, ao invés de agradecê-lo, lembrando o que disse Jesus: "Amai os vossos inimigos." , nós o enxotamos, o maltratamos, o culpamos, condenamos e punimos. E, então, voltamos à nossa caverninha, ao nosso isolamento, acreditando que separados e sozinhos estaremos seguros, não sentiremos dor.

A maneira mais saudável de se "evitar" a dor é a cura dos ferimentos. O isolamento ajuda a perpetuar a situação doente através do tempo e favorece outros desequilíbrios, já que somos seres sociais e precisamos de relacionametos saudáveis e calorosos. Da mesma forma que fazemos com um dedo machucado ou com a pele queimada pela nossa exposição exagerada e descuidada ao sol, é prudente e saudável tratar dos nossos ferimentos emocionais para que eles não se agravem na convivência não saudável com os demais. Para isto é preciso conhecer as nossas dores, saber como foram originadas, que atitudes destrutivas tomamos que não as deixam cicatrizar e mais ainda, assumir a responsabilidade por elas e pelas mudanças que, finalmente, trarão a cura. A nossa saúde é, acima de tudo, nossa responsabilidade e patrimônio e depende de coragem e disposição para limpar e tratar os traumas, os malentendidos, as mágoas.

Curando nossas feridas emocionais, a proximidade não soará como ameaça. O isolamento não será mais uma "segurança". As "falsas e inúteis soluções" diminuirão. O medo do contato com o outro diminuirá e poderemos desfrutar dos toques e abraços dos outros sem medo e com prazer.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PERGUNTAS SOBRE AUTOESTIMA de Lisélia de Abreu Marques

O que é autoestima?
O que é amar a si mesma?
Como é possível amar alguém cheio de defeitos, injusto?
É possível amar este alguém (egoísta, injusto, tirano, cruel, insensível, falso, etc.) quando este alguém sou eu mesma?
Se condeno tudo isto nos outros, como lido com isto dentro de mim?
Arranjo desculpas?
Justificativas?
Explicações?
Jogo tudo pra baixo do tapete?
Consigo enganar a mim mesma?
Nego?
Fico cega aos meus defeitos e jogo toda a culpa sobre os outros para eu poder me gostar?
É possível, pra mim, me amar sabendo disto tudo?
É possível, então, aceitar o ódio que sinto por mim mesma?
É melhor negar?
Autoestima é fechar os olhos pros meus defeitos e ver somente as minhas qualidades?
Eu consigo me enganar por muito tempo?
Será que consigo me enganar por um momento que seja?
Como é possível amar a mim mesma sendo imperfeita?
Se eu nao conseguir me amar, vou conseguir amar outra pessoa?
E os outros, será que me amam?
E, o que é, exatamente, amar?
Será que eu sei amar? E odiar, eu sei?
Será que a depressão,  o boicote, o "não" à felicidade são suficientes para aplacar a minha culpa por não ser perfeita?
E se não for, Deus vai me castigar?
E se os outros descobrirem meus defeitos, vão me rejeitar?
É melhor esconder?
É melhor me matar?
O que fazer para sair deste labirinto?
Se eu soubesse amar, eu sairia deste labirinto?
E se alguém me amasse, eu sairia daqui?
Cadê o amor?
Será que o amor é apenas para os perfeitos?
É possível amar alguém imperfeito, alguém com defeitos?
E eu, eu amo alguém imperfeito, ou eu exijo perfeição do outro para amá-lo?
Meu amor é condicional?
Se eu nao sou perfeita... é possível amar os maus?
Os maus também amam?
Alguém me ama?
E será que sabe que não sou perfeita?
Se outro alguém me ama, é possível eu também me amar?
É possível eu me amar apesar dos meus defeitos? Será isto o amor?
Ouvi dizer que o amor cobre a multidão de pecados, cobriria os meus?
Eu mereço?
O que me faria merecedora? Não ter pecados?
De que serviria, então, o perdão? Sem pecadores, a quem perdoaria?
Perdão é amor?
Sou capaz de amar?
Eu amo alguém?
Sou capaz de perdoar?
O perdão é justo? E, o amor, é justo?
Só quem é bom merece ser amado? Quem disse isto?
Jesus amou os pecadores, então, se o amor não é justo, é o amor, um pecado e, é Jesus um pecador?
É o perdão uma injustiça com o perfeito que não peca e, portanto, não precisa de perdão?
Foi, o perdão, feito somente para os que precisam ser perdoados?
E o amor, foi feito pra todos? Até pra mim?
Onde está a confusão, cadê a falsa verdade com relação ao amor?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A FÉ DAS ARANHAS de Lisélia de Abreu Marques

Passeando no jardim da minha casa, parei para observar as aranhas. Uma delas, como uma artesã, fiava sua teia durante algum tempo. Fiava, fiava, cuidadosamente a sua renda. Observei outra e percebi, que depois de feito o seu delicado trabalho, elas costumam ir para o centro da teia e lá, aguardam, quietinhas e confiantes, no sol, na chuva ou no vento, para que o Universo faça a parte dele trazendo a refeição.

E me dei conta que na Criação é assim. O fruto do trabalho é gerado no ventre do repouso, embalado pela confiança. Observei, também, que a árvore faz a semente e a deixa repousar na terra, confiante no milagre que irá despertar a semente para a germinação. E que o padeiro sova a massa e deixa que, no repouso, a massa cresça para que depois, no forno, se transforme em pão.

Atividade e passividade. Ação e repouso. Fé. Eis os elementos da criação.
É preciso fé, para fazermos a nossa parte acreditando que o Universo fará a dele.
E, é preciso que façamos a nossa parte para que o Universo possa fazer a parte dele.
É, esta relação, esta parceria entre a criatura e o universo, que faz surgir o novo. E neste processo de criação, a ansiedade e a descrença atrapalham. Plantar a semente e ficar remexendo a terra para saber se a semente já está germinando ou toda hora abrir o forno para ver se o bolo está crescendo, impedem que o Universo faça a parte dele. É preciso um voto de confiança, é preciso acreditar, é preciso esperar na fé.

Trabalho e fé são as ferramentas da natureza. As aranhas sabem e tecem cuidadosamente a sua melhor seda e oferecendo o seu trabalho ao Universo, se recolhem ao centro, aguardando em silêncio, deixando a teia em repouso. Findo algum tempo este repouso se quebra, a teia se agita e elas sabem que foram recompensadas. A refeição está servida.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Perguntas e Respostas em FAÇA A SUA ESCOLHA de Emmanuel por Langa

Você disse que Gaia está se duplicando. Ela está criando matéria nova?
Matéria não é a substância da qual seu planeta é feito, Gaia é feita de consciência.

E quem, ou o quê, decidirá em qual Terra eu irei continuar vivendo?
Sua consciência irá alinhar você com o portal interdimensional que melhor apoia sua frequência de consciência mais dominante.

No seu último contato você disse: “sua consciência orientará a viver uma vida que é honrada e significativa”. O que é uma vida significativa?
Uma vida significativa é uma vida com propósito. O crescimento da consciência cria clareza quanto ao real propósito na vida. Sua alma está neste Planeta por um propósito, quanto mais cedo você descobrir qual é o seu propósito, mais cedo você pode começar a tornar sua vida significativa. E quanto mais significativa sua vida for, mais bem-aventurado você será.

Eu li que em dezembro de 2012 vários portais se abrirão na Terra, e através desses portais algumas pessoas ascensionarão. Nós iremos saber com antecedência a localização dos portais?
VOCÊ é o Portal. O Campo Unificado da Divindade não está fora, mas sim, dentro de você.

Um tempo atrás você mencionou que a “liberdade total” está a passos de distância; como damos esses passos?
Dêem um passo por vez, e dêem-no em seu próprio compasso, com o compasso que lhe é natural. Descubra seu próprio ritmo, e você conseguirá andar muito mais. A liberdade é um direito seu por mérito da sua existência. Amor e Liberdade são as vibrações dominantes do Universo, e é a única coisa que o Universo tem para oferecer

Eu faço uma hora de meditação todos os dias. Isto basta como preparação para a ascensão?
A Meditação ajuda em muitos aspectos da espiritualidade, mas nada tem a ver com ascensão. Os animais não meditam e a maioria deles irá fazer a ascensão. Por outro lado, muitos dos indivíduos que praticam meditação não irão ascensionar.

A chave da ascensão está no seu coração, na sua consciência, e na sua conexão com o Tudo Que É.

No seu plano de terceira densidade de existência, o Tudo Que É se manifesta principalmente através da natureza, então conectar-se com a natureza é um dos modos mais efetivos de se conectar com a Fonte.
Se você se lembrar de todos os grandes mestres espirituais que andaram sobre a face do seu Planeta, todos eles se iluminaram na natureza, sentando-se sob árvores, nadando em rios, dormindo em cavernas, etc. Estar na natureza é o modo mais fácil de você experimentar a unidade com a vida. O problema atualmente é que mais da metade da humanidade está desconectada da natureza. Os humanos acreditam que eles são superiores à natureza e eles têm o direito de usar os recursos dela sem dar nada de volta, e isto cria o desequilíbrio e a desconexão com a Fonte.


Como posso experienciar a iluminação?
A iluminação não é algo que você pode experienciar porque a experiência acontece na mente, a iluminação está além da mente, só ocorre quando não há mente (sem ego). Iluminação é só uma palavra utilizada para descrever o resultado do processo de fundir sua consciência individual com a consciência do seu Eu Superior.

Sempre procuro por conhecimento novo. Que tipo de conhecimento eu deveria procurar nestes tempos de mudança? Pare de procurar fora de si. O auto-conhecimento deve ser a única busca. Conhecer tudo sem se conhecer é inútil. Todo conhecimento não é essencial e somente cria a ilusão de “conhecer”, e a ilusão é o que impede você de entrar em sintonia com o seu Eu Real. Se você se tornar um “conhecedor”, você perderá algo infinitamente mais valioso, você perderá a sabedoria. Conhecimento não é sabedoria e não irá mudar nada em você, somente a sabedoria transformará você. Desaprenda o conhecimento e você ficará assombrado com o quanto o conhecimento estava impedindo a sua Divina metamorfose.

Jesus e Sananda são a mesma entidade? Se a noção de tempo está presente na pergunta/resposta, o Príncipe Sananda é o Eu Superior de Jesus Cristo. Se for de uma perspectiva atemporal, eles são a mesma entidade.

...como posso ter paz da mente?
Você não pode. Mesmo que tenha uma ou outra. A mente é o que está impedindo que você tenha paz. Descarte a mente e a paz florescerá.

Com tantas “verdades” e “guias” por aí, como saber a qual deles seguir?
Não siga ninguém. Você é o seu melhor guia.

Muitos mestres disseram que nós viemos para a terceira densidade para aprender a Amar, está correto?
Isto é incorreto, Amar não é preciso ser aprendido. Vocês nasceram para uma vida fora do Amor, mas vocês SÃO Amor, vocês simplesmente precisam se lembrar. O principal aprendizado para um ser da terceira densidade é transcender a dualidade lembrando-se de Quem você é e de Onde você veio.

Você disse que os nossos pensamentos criam a nossa realidade; se mantivermos nosso pensamento em certa frequência, quanto tempo leva para criar uma nova realidade?
Os pensamentos criam emoções e as emoções criam a realidade a partir do Plano Formativo. O Plano Formativo existe além do espaço e tempo, portanto seus pensamentos podem se manifestar na realidade na velocidade da luz. Qualquer mudança na sua consciência afeta instantaneamente a Consciência Universal, consequentemente.
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