sábado, 26 de dezembro de 2009

ESPIRITUALIDADE E CONSCIÊNCIA de Wagner Borges


Espiritualidade é um estado de consciência;
Não é doutrina, não!
É o que se leva dentro do coração.
É o discernimento em ação!

É o amor em profusão.
É a luz nas idéias e equilíbrio na senda.
É o valor consciencial da alegria na jornada.
É a valorização da vida e de todos os aprendizados.

É mais do que só viver; 
é sentir a vida que pulsa em todas as coisas.
É respeitar a si mesmo, 

para respeitar o próximo e a natureza.
É ter a plena noção de que nada acaba na morte do corpo, 
pois a consciência segue além, algures, na eternidade…
É saber disso – com certeza -, e 

não apenas crer nisso.
É viver isso – com clareza -, sem fraquejar na senda.
É ser um presente, para si mesmo, 

para os outros e para a própria vida. 
Espiritualidade é brilho nos olhos e luz nas mãos.
E isso não depende dessa ou daquela doutrina; 
depende apenas do próprio despertar espiritual; 
depende do discernimento consciencial 
se unir aos sentimentos legais, 
no equilíbrio das próprias energias, nos atos da vida.
Ah, espiritualidade é qualidade perene; 
não se perde nem se ganha; apenas é!
É valor interno, que descerra o olhar para o infinito… 

para além dos sentidos convencionais.
É janela espiritual que se abre, dentro de si mesmo, 
para ver a luz que está em tudo!
Espiritualidade é essa maravilha: 

o encontro consigo mesmo, em paz.
Espiritualidade é ser feliz, 

mesmo que ninguém entenda por quê.
É quando você se alegra, só pelo fato de estar vivo!
É quando o seu chacra do coração se abre igual a uma rosa, 

e você se sente possuído por um amor que 
não é condicionado a coisa alguma, mas que ama tudo.
É quando você nem sabe explicar porque ama; 
só sabe que ama.
Espiritualidade não depende de estar 

na Terra ou no Espaço; 
de estar solteiro ou casado; 
de pertencer a esse ou aquele lugar; 
ou de crer nisso ou naquilo.
É valor de consciência, alcançado por esforço próprio 
e faz o viver se tornar sadio.
Espiritualidade é apenas isso: SER FELIZ!
Ou, como ensinavam os sábios celtas de outrora:

SER UM PRESENTE!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É TEMPO DE TRAVESSIA de Fernando Pessoa




Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos, 
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, 
se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado,
para sempre, 
à margem de nós mesmos.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A GALINHA, O OVO E A NOVA ERA de Lisélia de Abreu Marques

Havia um ovo. Ele se sabia ovo desde sempre. Ele tinha sua forma e aparência e assim que era. Havia outros ovos como ele e ser ovo era estar vivo. Este ovo um dia percebeu que algo estava acontecendo, alguma coisa estava mudando, uma energia diferente, um calorzinho novo. Ele pensou logo no aquecimento global. O ovo foi sentindo este calorzinho e foi se sentindo diferente, desconfortável, as coisas estavam saindo do controle. Ele estava com pensamentos estranhos, irritado e não conseguia dormir direito. O ovo começou a sentir medo. Sentia que algo estava acontecendo e que a vida não seria mais como antes. Então o medo fez com que ele começasse a resistir às mudanças. O futuro era incerto, o tempo passava cada dia mais rápido e ele ouvia os outros ovos comentando de que o fim do mundo estava próximo. Ele ouviu falar em nova era e mudanças globais de larga escala. Ele ouviu falar em morte. Os ovos comentavam que o aquecimento global iria provocar o fim da civilização dos ovos, que uma nova era iria surgir e eles, os ovos, não iriam sobreviver. Ele realmente estava muito assustado. O ovo decidiu então resistir às mudanças, ele era um ovo e iria lutar até o fim para que a vida como ele conhecia não se acabasse. E quanto mais o ovo resistia às mudanças, mais ele sofria, era um esforço tremendo para controlar as coisas. A vida estava mudando, já não era mais a mesma, e por mais que se esforçasse parecia que tinha perdido o controle.
O esforço para manter tudo como antes, era desgastante e inútil, ele se sentia um perdedor, estava fraco e deprimido. Chegou ao fundo do poço, não tinha mais forças, nem esperança e pediu ajuda. Rezou à Grande Galinha, a Deusa de todos os ovos. Pediu proteção, ajuda, disse que estava se sentindo fraco e sozinho. Chorou, chorou muito. O ovo, já sem forças para lutar ia se entregando à depressão. Então, numa noite teve um sonho, sonhou que a grande galinha falava com ele. Ela dizia: Meu filho amado, você é perfeito e a ti estão prometidos todos os tesouros. Não lute contra a vida e contra as transformações. A vida é movimento. Se permita ser levado pelo rio da vida e fluir com ele. A morte não existe, é apenas uma transição para uma vida maior. A vida que você leva hoje é passageira, não é a sua verdadeira vida. Você não é um ovo e pronto. Sua verdadeira essência é ser uma galinha como eu. Você é meu filho, feito minha imagem e semelhança. Se deixe ser aquilo que você nasceu pra ser. O ovo acordou do seu sonho emocionado, uma nova esperança tocava seu coração. Ele sentiu coragem para se entregar às mudanças. Sentia o calorzinho da energia da evolução tocar em sua casquinha e lembrava de seu sonho e repetia : “ Se deixe ser aquilo que você nasceu pra ser.” E assim foi, o ovo relaxou e a vida ficou mais leve, ele se pegava cantarolando: ... “deixa a vida me levar, vida leva eu” do Zeca Pagodinho e se sentia mais descontraído e mais bonito. O desgaste que ele tinha, tentando controlar tudo, havia diminuído e ele tinha mais energia pra curtir a vida. Ele percebeu que quando parou de gastar energia lutando contra a morte sobrou mais energia pra viver a vida.
O tempo foi passando e um dia, algo horrível começou a acontecer. Os ovos, seus amigos, que toda a vida compartilharam o mesmo ninho que ele começaram a se quebrar. Era horrível, uma desolação - ovos partidos, casquinhas pra todo lado, um vazio, não havia nada dentro deles, ele se sentiu apavorado, os ovos que ainda estavam inteiros começaram a se lamentar e se voltar contra a grande galinha, dizendo que ela os tinha abandonado e que ela, na verdade, nem existia, porque se existisse não permitiria tanta destruição. O ovo estava desolado, ele lembrava do sonho e duvidava de si mesmo. Pensava: - como pode ser? E as promessas que sempre ouvimos de salvação? Eles sempre foram ovos bonzinhos, bons amigos, corretos, não é justo que isto aconteça com eles. A destruição, a morte , o desespero e o caos era só o que se via e sentia. O ovo estava confuso, apesar de toda aquela desgraça ele ao mesmo tempo se sentia leve, parecia que a vida estava melhor, mesmo estando pior, ele não entendia. Havia um equilíbrio dentro dele, mesmo com os ovos “morrendo” ao seu lado ele sentia uma paz profunda como jamais havia sentido antes, era quase um estado de graça e então, ele ouviu um estalo e outro, e passivo apenas observava e aceitava as coisas como estavam sendo naquele momento. Ele estava presente no aqui e no agora intensamente; e de repente uma luz muito grande surgiu e irritou seus olhos, ele respirou uma brisa fresca e quando ele conseguiu abrir os olhos um mundo de cores e formas jamais percebidas, apareceram ao seu redor. Era um mundo enorme, sem fim, rico, com milhões de formas de vida, antes inimagináveis. E ela estava lá, a grande galinha e olhava pra ele. Então ele perguntou: - eu morri? Estou no céu? E a galinha carinhosa respondeu: - Não meu filho você nasceu, você se tornou aquilo que você foi criado para ser. Olhe pra si mesmo e veja.
Então ele se olhou e viu que era um pintinho e se parecia muito com a grande galinha.E ele perguntou: e os meus amigos, o que aconteceu com eles? Então ela se afastou e ele pode ver atrás dela todos os seus amigos ovos, que haviam tido suas casquinhas quebradas, também pintinhos como ele. E foi uma alegria tão grande, tão grande... Foi emocionante! Tudo fez sentido, ele entendeu então porque as coisas tinham acontecido daquela maneira, porque os ovos precisavam morrer para os pintinhos nascerem e serem livres pra  crescerem e se tornarem aquilo que eles foram criados pra ser.
Ele entendeu que o que parecia destruição e caos era transformação. A galinha e os demais pintinhos saíram passeando com ele pelo jardim e mostraram as sementes morrendo para o nascimento do broto, mostraram o sol irradiando energia transformadora para que isto acontecesse, mostraram outros pintinhos mais velhos perdendo sua plumagem para que as penas permanentes surgissem e ele foi entendendo tudo, entendendo como morte e vida são a mesma coisa, como tudo segue o fluxo de transformação. Então ele parou e pensou e perguntou pra galinha: - Mãe, por que quando eu era ovo não via nada disso? Então cheia de amor a galinha respondeu: Quando você era ovo, você tinha uma casquinha em volta que limitava sua percepção da realidade mais ampla, você vivia enclausurado naquela casquinha que impedia que você percebesse a luz do dia brilhando com toda a sua intensidade, a casquinha, o seu corpo físico durante aquele estágio de desenvolvimento limitava a sua percepção. O pouco que você ouvia daqui, chegava lá destorcido e abafado. Quando eu falava com você, você achava que era sonho. Quando seus irmãos que haviam rompido a casquinha se aproximavam de você, você não os via e quando sentia a presença deles, achava que eram fantasmas. Este período de ovo é uma fase muito difícil, porque as limitações impostas pelas condições de ovo dificultam o contato com o mundo aqui. E o medo do desconhecido, o apego a vida de ovo, a resistência à mudança, às vezes até afasta um ovo dos demais e, isolado, mais longe, mais frio fica e mais solidão sente o ovo. É um momento passageiro, de transição, mas quando o ovo se apega muito a este estágio da vida, fica mais difícil pra ele se permitir transformar pelo calor da evolução. Veja, meu filho, o seu ninho, ainda têm ovos lá que estão amadurecendo e nós aqui estamos torcendo pra que eles se entreguem ao calor da evolução e logo possam estar pintinhos como vocês.  Então o pintinho olhou pros seus irmãos ainda ovos com muito amor e olhou pra si e pro seus irmãos pintinhos e pensou: - então é verdade, “nós somos aqueles por quem esperávamos” e todos juntos se aproximaram da galinha e com o calor dos corpos deles, todos unidos, assistiram os últimos ovos eclodirem.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Resumo de A TRANSIÇÃO: 2012-2013 de P'taah por Jani King



Nós vamos lhes falar nesta noite sobre a transição, a transformação não somente da consciência humana, mas de todo o planeta. Esta realidade, chamada de terceira dimensão é um mundo de polaridades: bem-mal, preto-branco, amor-medo e todas as outras polaridades. Estar na aceitação é permitir a transcendência da polaridade. É ver que o amor, a compaixão, a aceitação e a compreensão criam um sentimento sinérgico em que transcender as polaridades vai além das próprias polaridades.  Esta aceitação amorosa, naturalmente, deve começar com quem vocês são, cada faceta de quem vocês são – e isto  não tem sido acolhido, não tem sido aceito, pois não corresponde à sua idéia mais elevada de quem possivelmente possam ser. Quando chegar a transição, vocês não estarão mais perfeitos. Vocês estarão simplesmente na compreensão da perfeição em que vocês são, neste agora e na compreensão de sua própria perfeição.


A mudança se aproxima breve em seu tempo e não em algum futuro místico distante. É iminente esta transformação. 2012, não falta muito para chegar. E esta transformação está ocorrendo agora.

Esta transição, se vocês permitirem que assim seja, será de uma naturalidade suave e gentil,. Trata-se de amor. E é isto que é a sua iluminação, é o resultado natural de amar quem vocês são incondicionalmente. A transição é um estado natural, um fluxo. Neste estado de ser, vocês serão mais iluminados. Vocês serão menos densos em sua fisicalidade e seu corpo físico será menos denso. Sua realidade percebida, exterior a vocês, será menos densa. O seu poder será usado para manipular a matéria em uma consciência que a maioria de vocês não tem agora. Naturalmente, vocês manipulam a matéria agora, do contrário, vocês não teriam a realidade, mas a maioria de vocês não sabe como fazê-lo. Vocês o saberão. Neste lugar de amor e amando, chegarão à compreensão de que o pensamento envolvido pela emoção chamada amor, imediatamente cria uma energia unida à matéria física. Vocês terão também a habilidade de manipular o seu corpo. Vocês já estão aprendendo isto. Vocês estão começando a sentir este poder de manipulação da matéria física. Quando vocês aprenderem a curar os seus corpos, quando vocês aprenderem como é esta sua emoção esta sua fonte energética de poder – isto criará a sua existência, a sua fisicalidade, então, se vocês desejarem a mudança, vocês saberão como, no poder do amor. Vocês também terão o conhecimento de usar o som e a cor para auxiliá-los nesta mudança.


Nesta mudança, vocês estão reconhecendo o seu próprio poder. Será gentil e suave, excitante, intrépido, alegre e maravilhoso. É a grandiosidade do amor que lhes toca, de modo que, mais do que uma compreensão intelectual, ele se torna um conhecimento do coração, um sentimento com relação a esta mudança, esta transição. As suas mentes podem compreender a maior parte das idéias intelectuais, mas é no sentimento odm que acontece a transformação. Quando falamos sobre o que é a realidade deste estado de ser, é como explicar, a um feto dentro do útero, como é a vida após o nascimento.


O que está para ocorrer é que, muito gentilmente, vocês estão se revelando, aprendendo mais acerca de quem vocês são. Vocês estão aprendendo mais sobre o amor, sobre a aceitação e a compreensão. Cada vez que vocês escolhem o amor, vocês estão mudando a realidade. Cada vez que vocês escolhem o amor, vocês estão mudando a sua realidade física. Este aumento da consciência, esta expansão, está aumentando exponencialmente, e a matéria, a massa energética da consciência, está alcançando uma explosão crítica. E aí, neste maravilhoso piscar de olhos, a consciência de todo o seu planeta mudou.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O CENTÉSIMO MACACO de Ken Keyes Jr.


O macaco japonês “Macaca Fuscata” vinha sendo observado há mais de trinta anos em estado natural.

Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos.

Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável o da areia. Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães.

Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimilada por vários macacos.

Entre 1952 e 1958 todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais gostosas. Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam este avanço social. Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia. Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente. No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam suas batatas-doces.
Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces. Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco tivesse feito uso dessa prática.

Então aconteceu!
Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer. O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica!

Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente: o hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar suas batatas-doces. Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova consciência pode ser comunicada de uma mente a outra.

O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas. Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase todos!

Você pode ser o centésimo macaco!
Essa experiência nos proporciona uma reflexão sobre a direção de nossos pensamentos. De certo modo, já sabemos que para onde vai o nosso pensamento segue a nossa energia. Grupos pensando e agindo numa mesma freqüência em várias partes do Planeta têm as mesmas sensações e acabam fazendo as mesmas coisas sem nunca terem se comunicado. Isso vale tanto para aqueles que praticam o bem como para aqueles que usam de suas faculdades para o mal. O acréscimo de energia, neste caso, pode ser aquela que você está enviando com o seu pensamento sintonizado na freqüência do crime noticiado que gera comoção geral. Parece coincidência, mas sempre que um crime choca e comove multidões, de imediato outros fatos semelhantes pipocam em diversos lugares. Será isso o efeito do centésimo macaco às avessas?

Ao invés de indignar-se diante do crime noticiado, direcionando inconscientemente seu pensamento e sua energia para essas pessoas ou grupos que se aproveitam dessa energia toda para materializar mais crimes, neutralize com pensamentos conscientes de amor e perdão. Mude de canal na TV, vire a página do jornal, saia da freqüência e não alimente ainda mais a insanidade daqueles que tendem para o crime, e, também, daqueles que lucram com as desgraças alheias. São todos igualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto aquele esbraveja palavrões de indignação por horas diante das câmeras, criando comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos daquele que está com a arma já engatilhada.

Gerar material para construir um mundo melhor não requer tanto de grandes ações, quanto essencialmente grandes blocos de consciência. É preciso que mais gente se sintonize na freqüência e coloque aquele acréscimo de energia que pode gerar uma nova consciência em outros grupos em outras partes do Planeta.

Se cada um de nós dedicarmos alguns minutos todos os dias para meditar, entrando em sintonia com a freqüência do amor, basta para mudar muitas coisas desagradáveis acontecendo em nosso Planeta e criar uma nova consciência.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

UM MOMENTO CRUCIAL de José Trigueirinho Netto



A Terra está passando por uma transição na qual energias cósmicas mais potentes e puras começam a permeá-la e a afastar forças negativas que por milênios estiveram aqui instaladas.

Conscientemente ou subconscientemente todos sabem de que se trata quando ouvem falar nessa transição e logo pressentem algo que transformará toda a superfície do planeta. Sentem tensão, temor ou depressão à medida que seus antigos valores vão decaindo. Sobretudo nas metrópoles a decadência das bases desta civilização assume grandes proporções, destruindo o ânimo, a harmonia e o equilíbrio, impedindo que haja paz entre os seres e no interior de cada um.

Mas é possível estar diante desta transição planetária de forma inteligente, não como vítima, mas como colaborador das energias superiores, radiantes e luminosas que começam a se implantar. Para isso, importa saber que os pensamentos e as emoções estão em geral mergulhados nesse contaminado campo coletivo de tensão e conflito e que, portanto, não são confiáveis.

O primeiro passo é o de tomar consciência de que no próprio ser há um núcleo que está acima dos pensamentos normais e das emoções, um núcleo de harmonia estável, que não se deixa abalar por nenhuma situação externa. Trata-se de aspirar ao contato e à identificação com esse núcleo.

O segundo passo é o de aprender a frear a mente para impedir sua tendência a envolver-se com os estímulos desarmonizadores que recebe. Esses dois passos — o do reconhecimento do núcleo de paz interior e o do controle da mente — são fundamentais. Ante qualquer situação conflituosa, esses passos têm grande valor.

Outro passo essencial é o de não deixar que a inércia se implante no ser. A tensão e a depressão enfraquecem o corpo de energias, o chamado corpo etérico que, se estiver desvitalizado, leva a pessoa à apatia. É indispensável o correto uso da vontade e a realização de atividades evolutivas. Pessoas que estejam passando pelo assédio de forças psíquicas desordenadas ou que tenham sido abaladas por algum choque ou perda não deveriam isolar-se, nem confirmar esse estado, mas sim ir ao encontro de atividades que possam beneficiar os demais.

A higiene, a ordem e a harmonia em si próprio e no ambiente são mais importantes do que se pensa, pois evitam o ingresso em estados de caos. Mantê-las é uma espécie de medida preventiva, profilática, que não deve faltar, dado que as forças conflituosas dos níveis psíquicos se sustentam com essas desarmonias. Além disso, diante de instabilidades emocionais ou mentais, o relacionamento com o alimento se desestabiliza: a pessoa tanto pode passar a comer em demasia, na tentativa de compensar a desvitalização — o que não resolve, pois sua causa não é física —, quanto pode perder o apetite, por causa da apatia e do desinteresse pela vida. Em quaisquer circunstâncias, a alimentação simples, sem condimentos excessivos, contribui para a regularização dos ritmos orgânicos.

É também fundamental manter sempre a própria independência quanto às opiniões e às idéias circulantes, que em geral só confundem; exemplo disso é a ansiedade que se instala em razão da crença de que a saúde do corpo se perde se não se dorme bem. Se a pessoa não consegue dormir, em vez de se deixar levar por essa ansiedade ou pela angústia, deveria usar criativamente o tempo, realizando alguma tarefa útil e assim buscando disciplinar a atividade mental. Quando desordenada, é ela a principal causa de insônia.

Um poderoso auxílio no restabelecimento do equilíbrio é ouvir peças musicais inspiradas. Obras de qualidade elevada são capazes de reorganizar as energias da pessoa e podem ser curativas, tanto quanto uma boa leitura.

Essas sugestões são preliminares para viver em paz interior e com sabedoria a época atual. Quando alguém as adota com determinação, pode canalizar e irradiar as energias do porvir num mundo que hoje está desorientado.

Enfim, a fé, a autodisciplina e a ausência de especulações mentais levam ao contato com a vida interior, encontro que não pode ser adiado nos tempos que correm.

Extraído do boletim Sinais de Figueira, de Trigueirinho
Irdin Editora
www.irdin.org.br

www.vigiliapermanente.org